Símbolo de Dignidade
Homenagem da torcida Mancha Verde à Dra. Sílvia Carbonaro, diretora jurídica da ANATORG (que também era diretora da Mancha) que se foi em 2015 e que nesta semana estaria fazendo seu 51º aniversário. Fica aqui também a homenagem da ANATORG com muita, muita, muita saudade:
Um anjo que durante um tempo caminhou conosco e voltou para o céu!
Desfilou, torceu e ajudou… E como ajudou a Mancha Verde e a todos que tiveram o privilégio de conviver com essa mulher incrível. Pode ser simples e importante assim o resumo da Dra. Silvia para a entidade Mancha Verde.
Nasceu no dia 04 de dezembro de 1966. Na época áurea da Academia de Futebol mais uma palestrina vinha ao mundo. Passaram-se alguns anos para começar a conviver com a Mancha Verde, foi no final dos anos 90 e início dos anos 2000 que se envolveu de vez e para sempre na entidade Mancha Verde.
Ela se formou em direito, exercia a função de advogada e ali na torcida precisava muito exercer essa função. Passou a ser a advogada da torcida Mancha Alvi Verde.
A Silvia tinha a essência da bondade, de querer ajudar, se preocupava com a Mancha e com “seus meninos” que virava e mexia arrumavam alguma encrenca para ela resolver na Justiça. Só que a Doutora se preocupava com a vida pessoal de cada um. O amor que ela sentia pela Mancha transbordava e contagiava. E alguns presidentes tiveram o suporte e conselho da Dra. Silvia.
André Guerra quando assumiu em 2008 e Marcos Ferreira sempre deram ouvidos e atenção à doutora. E a influência da Silvia abrangia muito além do que podíamos imaginar.
Houve um tempo em que a escola e a torcida conviviam, mas não viviam a mesma situação.
E nos tempos da escola e da torcida quem vivia os dois mundos era a Dra. Silvia. Ela fazia parte da harmonia da escola de samba e colaborava demais. Assim que o Marquinhos assumiu a Harmonia convidou Silvia para fazer parte e ganhou ao seu lado uma conselheira e amiga.
Tivemos alguns momentos complicados e, sem a calma dela, talvez a tormenta fosse pior. A Silvia transitava com respeito entre todos os setores da escola de samba, todos os departamentos adoravam a Silvia.
E seus meninos na torcida passaram por uma fase terrível na covardia da Inajar. E como a doutora ficou triste com a perda daqueles meninos. Ela sofreu, mas se manteve forte e dando forças a todos.
A sua força atravessava a rivalidade de torcidas organizadas. Quando um dos líderes da Dragões da Real foi assassinado de forma covarde pela polícia em Brasília em 2008, a doutora deu assistência, apoiou e esteve ao lado do pessoal da Dragões.
E todas as torcidas tinham um apreço por ela e pelo seu jeito carismático, carinhoso e atencioso. Não podia ficar só na Mancha e ela veio nessa vida para ajudar, e quem conhece o mundo de organizadas sabe que no fundo todos querem a mesma coisa. E assim a Dra. Silvia foi fazer parte da Associação Nacional das Torcidas Organizadas (ANATORG), que é uma instituição de 100 torcidas do Brasil, com objetivos comuns, visando reverter o cenário desfavorável às organizadas. E a doutora era diretora jurídica e também membra da CONSEGUE do Ministério do Esporte.
Carnaval, futebol e amizade ao lado dos seus filhos e familiares eram os alicerces dela.
11 de janeiro de 2015. Tantas datas, tantos dias dentro dos 365 que temos no ano, justamente nessa data a Dra. Silvia se foi. O dia do aniversário de fundação da Mancha Verde. Deus escolheu essa data para levar o seu anjo de volta e para marcar uma entidade para todo sempre. O dia de comemorar o nosso aniversário de fundação é o dia para lembrar de um anjo chamado Silvia.
Doutora, sentimos sua falta e nesse dia 04 de dezembro você iria completar 51 anos. Feliz aniversário, esteja aonde estiver, pois sabemos que está olhando por nós e sentimos sua presença.
E fica aqui a nossa homenagem, fica aqui a nossa gratidão eterna.
Fonte: Mancha